É certo dizer Amém?
É certo dizer Amém?

É certo dizer Amém?

Sim, não há nada de errado em um cristão dizer: Amém!

 

Falácia a respeito da palavra Amém

Dizem que amém é nome de divindade pagã do antigo Egito, e que todas as vezes que pronunciamos esta palavra na igreja, ou em qualquer outro lugar, estamos na verdade invocando o deus egípcio Amém.

 

Dizem também que não devemos pronunciar esta palavra, visto que nem o nosso Senhor JESUS citou na oração do Pai nosso:

“E não nos deixes cair em tentação; mas livra-nos do mal [pois teu é o reino,o poder e a glória para sempre. Amém]! (Mt 6:13 – Almeida Atualizada)

 

A Bíblia Almeida Atualizada explica no seu prefácio que os textos entre colchetes não aparecem nos textos gregos adotados por ela para tradução. Isto indica que algumas passagens das Bíblias que temos hoje, podem ter alguns trechos a mais, ou então a menos, dependendo da Bíblia usada como base para tradução. Observe abaixo, esta mesma passagem, no exemplar em latim que termina em “mas livra-nos do mal”:

“Et ne inducas nos in tentationem, sed libera nos a Malo.” (Latim Vulgata)

 

É verdade que havia sim, crenças em muitos deuses pagãos no Egito antigo, e que um desses deuses se chamava Amén, também pronunciado Amon ou Amun. Amén se tornou bastante popular quando a capital do império foi transferida para Tebas.

 

Amén era personificação de sol, assim como Rá que já era mais conhecido durante mais tempo em todo o resto do Império Egípcio. Então, para não haver rivalidade entre os seus seguidores, simplesmente identificaram um como outro, criando o que mais tarde foi conhecido como Amon-Rá.

 

A partir deste período, muitos mortais que foram nomeados faraós trocaram os seus nomes de nascimento em homenagem a esta divindade a que eram devotos. Tutankhamen (1332-1323 a.C.), Amenóphis III (1391-1353 a.C.), Amenmesés (1203-1200 a.C.), Amenemnesu (1051–1047 a.C.), Amenemope (1001–992 a.C.),  Amenirdisu (404-399 a.C.) são alguns exemplos.

 

Não, não é mensagem subliminar

O amém que pronunciamos na igreja não tem absolutamente nenhuma conexão litúrgica com os deuses pagãos do Egito, não passando de mera semelhança.

 

Para não se envolver em confusões, antes de tudo o cristão deve ter em mente que está lidando com duas culturas diferentes (hebraica e egípcia). Obviamente, não só nestas duas culturas, mas em muitas outras existem inúmeras palavras semelhantes, porém, com raízes completamente diferentes. Sendo assim, a semelhança fonética de améns fica sendo apenas uma curiosidade, sem motivo nenhum para escândalos.