Luxor é uma cidade do Egito localizada a cerca de 650 km ao Sul da capital Cairo. Nos arredores de Luxor estão inúmeras atrações da antiga capital do Egito, Tebas. Este é o nome pelo qual os gregos a chamaram, mas o nome egípcio, menos conhecido, é Nô-Amom (Cidade de Amom). Na verdade, Luxor foi construída sobre a antiga Tebas e com tanta história é atualmente uma cidade quase que obrigatória a quem visita o país a turismo ou a estudos. As principais atrações são: Templo de Karnak, Templo de Luxor, Templo de Hatshepsut e de Ramesseum, e Vale dos Reis e das Rainhas. Com todos esses e outros sítios arqueológicos e monumentos milenares, Luxor e arredores são considerados o maior museu ao ar livre do mundo.
Os faraós construíram enormes monumentos, magníficos templos e sepulturas secretas nas duas margens do Rio Nilo. As 134 colunas do Templo de Karnak são consideradas as maiores estruturas já levantadas, sendo que algumas delas chegam a medir três metros e meio de diâmetro.
Há algumas menções (diretas ou indiretas) a Nô-Amom na Bíblia Sagrada. A cidade foi capital do Império Novo entre os anos 1550 a.C. – 1069 a.C. A cronologia bíblica anexa à JFA – Atualizada sugere que Moisés viveu nesse ínterim, portanto, presume-se que, o êxodo dos israelitas também ocorreu em algum momento do mesmo período – entre os séculos XV e XIII a.C. Depois do êxodo dos israelitas, Nô-Amom, bem como todo o Egito, enfraqueceu significadamente, tendo que se reestruturar política e economicamente nos anos seguintes.
No séc. VII a.C. Assurbanípal, rei dos assírios conquistou Tebas e a saqueou. Naum havia preanunciado a ruína de Nô-Amom, comparando à destruição de Nínive, que também havia sido preanunciada pelos profetas (cf. Na 3:8-10 ).
No IV século a.C. os gregos conquistaram Nô-Amom, foi quando passaram a chamar Tebas – uma referência à cidade homônima grega. Mais tarde, foi a vez dos romanos conquistarem o Egito e levarem inúmeros tesouros para a Europa, dos quais muitos permanecem lá até hoje. Finalmente, no Séc. VII, Tebas foi ocupada pelos árabes e a moderna Luxor foi construída.
No livro de Jeremias, lê-se: “Amom de Nô”, de forma invertida ao habitual:
“Diz o SENHOR dos Exércitos, o Deus de Israel: eis que eu castigarei a Amom de Nô, a Faraó, ao Egito, aos deuses e aos seus reis, ao próprio Faraó e aos que confiam nele.” (Jr. 46:25 – profecia a respeito do Egito)
A cidade de Nô-Amom e a vida dos seus antigos habitantes entraram em declínio a partir do século VI a.C. Cambises da Pérsia e a sua tropa ocuparam a cidade. Ezequiel profetizou a respeito da destruição de Nô por causa da sua abundante idolatria:
“Farei desolada a Patros, porei fogo em Zoã e executarei juízo em Nô. Derramarei o meu furor sobre Sim, fortaleza do Egito, e exterminarei a multidão de Nô. […] Nô será destruída, e Mênfis terá adversários em pleno dia.” (Ez 30:14-16).