Pregação de Paulo na Grécia
Pregação de Paulo na Grécia

Pregação de Paulo na Grécia

As palavras e frases que Paulo usava nas pregações eram, digamos, um tanto difícil de entender e por isso, muitas vezes, as pessoas fingem entender, ou acabam interpretando-as à sua própria maneira. Sejamos sinceros: Por que as palavras do apóstolo eram complicadas?

 

 

Paulo era um homem culto, instruído aos pés de Gamaliel, conhecedor da cultura greco-romana e judaica, da literatura, filosofia e religião. Ele usou todo o seu conhecimento em prol do evangelho do reino de Deus. O foco das pregações de Paulo era os falantes da língua grega, por isso, Paulo procurava usar expressões populares gregas para falar com os gregos. Eis uma das razões de nós, que não somos gregos, termos dificuldades para compreender a linguagem do apóstolo. Por isso, Pedro disse:

“E tende por salvação a longanimidade de nosso Senhor, como igualmente o nosso amado irmão Paulo vos escreveu, segundo a sabedoria que lhe foi dada, ao falar acerca destes assuntos, como, de fato, costuma fazer em todas as suas epístolas, nas quais há certas coisas difíceis de entender, que os ignorantes e instáveis deturpam, como também deturpam as demais Escrituras, para a própria destruição deles.” (2 Pe 3:15-16)

 

Amados irmãos, missionários, pastores, evangelistas, pregadores e obreiros: Estudem! Estudem e o Espírito Santo irá dizer o que falar, a quem falar e quando falar. Embora o conhecimento do mundo seja incapaz de nos salvar, não há nada mais triste do que um crente ignorante. Por outro lado, um crente metido e arrogante que pensa saber, mas que na verdade nada sabe também é um grande problema! É aí que Paulo usa mais um dito popular grego da época (veremos os pormenores mais adiante) para se dirigir ao rebanho em Corinto:

“Se alguém julga saber alguma coisa, com efeito, não aprendeu ainda como convém saber” (1 Co 8:2)

 

Paulo foi um homem usado por Deus como uma ferramenta preciosa para a evangelização – e é isto o que todos nós devemos almejar como cristãos, aceitando o grande desafio de ir por todo o mundo evangelizando povos de línguas e culturas diferentes.

“Por isso mesmo, vós, reunindo toda a vossa diligência, associai com a vossa fé a virtude; com a virtude, o conhecimento” (2 Pe 1:5)

 

Levemos a sério o ensino de Pedro associando à nossa fé a virtude, o conhecimento, o domínio próprio, a perseverança, a piedade, a fraternidade e o amor para não cairmos na categoria de “pessoas ignorantes e instáveis ​​que distorcem os ensinamentos para a própria destruição”. Pedro completou e disse:

“Pois desta maneira é que vos será amplamente suprida a entrada no reino eterno de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.” (2 Pe 1:11)

 

Aprenda a pregar com Paulo

Grécia e suas antigas colônias eram terras de Aristóteles, Tales, Epimênides, Epicuro, Zenão, Sócrates, Sêneca, Aratus, Platão e muitos outros filósofos e poetas de renome da antiguidade – quem nunca ouviu a respeito desses homens? Frases, paradigmas, pensamentos, teorias…  certamente, aqueles gregos deixaram muitas obras que influenciaram o mundo. Com a exceção de Sêneca, que foi contemporâneo dos apóstolos, todos outros viveram a cerca de dois a seis séculos antes da chegada de Paulo e Silas nas terras gregas.

 

Paulo usou a filosofia grega para conquistar os gregos para o evangelho de JESUS Cristo

Como pôde Paulo usar frases e paradigmas de filósofos pagãos? Isto significa que nem toda a Bíblia é palavra inspirada?

 

Bem, vamos por parte. Respondendo a primeira pergunta, Paulo usou sim frases e paradigmas de filósofos gregos pagãos ou ateus. E a resposta para a segunda pergunta é: ainda assim, seguramente podemos dizer que as suas palavras foram inspiradas por Deus. Veja:

“Toda Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra.” (2 Tm 3:16-17)

 

“Palavra inspirada” não significa necessariamente uma frase inédita, algo que ninguém jamais tinha pronunciado ou ouvido. Paulo, por diversas vezes cita frases de ateus e pagãos gregos para doutrinar as igrejas, no entanto, devemos entender que aquelas ideias que foram pronunciadas por antigos filósofos, por sua vez, também vieram dos mais antigos ainda, chegando a Noé, Adão, e finalmente, ao SENHOR Criador.

 

Mas nem por isso se faz conveniente usar gírias e palavreados nos púlpitos das igrejas, seja por tentativa de ganhar fama, ou de arrancar gargalhadas, impressionar, emocionar a plateia, ou simplesmente na tentativa de se destacar. Repare que Paulo jamais procede de tais maneiras, e para tais fins.

 

Nos tempos antigos, já haviam muitas escolas de filosofia, principalmente em Atenas. Sim, no mundo helenístico o estudo de filosofia era muito apreciado e difundido. Paulo, como conhecedor da filosofia grega, usou frases de seus filósofos em vantagem do evangelho para conquistar os gregos para Cristo. E, não há nada de errado nisto. Paulo mesmo declarou o seu propósito:

  • “Fiz-me fraco para com os fracos, com o fim de ganhar os fracos. Fiz-me tudo para com todos, com o fim de, por todos os modos, salvar alguns.” (1 Co 9:22);
  • “Aos sem lei, como se eu mesmo o fosse, não estando sem lei para com Deus, mas debaixo da lei de Cristo, para ganhar os que vivem fora do regime da lei.” (1 Co 9:21 – “Aos sem lei” se referindo aos gregos e outros gentios);
  • “Tudo faço por causa do evangelho, com o fim de me tornar cooperador com ele.” (1 Co 9:23).

Como disse anteriormente, Paulo, por ser um judeu, conhecia também as palavras de Provérbios: “O tolo dá vazão à sua ira, mas o sábio domina-se.” (Pv 29:11 – NVI). Por isso, no Areópago de Atenas evitando um clima desfavorável não deixou transparecer sua revolta em face da idolatria dos atenienses ou nem criticou a fé pervertida, preferindo-se introduzir sutilmente no meio deles para chamar-lhes atenção ao que lhes queria expor, falando a mesma língua deles:

“Então, Paulo, levantando-se no meio do Areópago, disse: Senhores atenienses! Em tudo vos vejo acentuadamente religiosos; porque, passando e observando os objetos de vosso culto, encontrei também um altar no qual está inscrito: AO DEUS DESCONHECIDO. Pois esse que adorais sem conhecer é precisamente aquele que eu vos anuncio.” (At 17:22:23)

 

E, numa outra ocasião, o apóstolo citou a Palavra que diz:

“[…] Ele apanha os sábios na própria astúcia deles.” (Jó 5:13 e 1 Co 3:19 – referindo-se aos intelectuais do mundo)

 

A sabedoria deste mundo não pode nos salvar, mas poderá ser útil para quem prega o evangelho. Vemos então, que Paulo agiu astutamente perante os intelectuais gregos, talvez se lembrando do ensino de JESUS repassado pelos demais apóstolos que com o Senhor esteve:

“Eu os estou enviando como ovelhas no meio de lobos. Portanto, sejam astutos como as serpentes e sem malícia como as pombas.” (Mt 10:16 – NVI)

 

Paulo usou as palavras de intelectuais de sua época em sua vantagem para anunciar o evangelho ao mundo gentio de fala grega. E fazia isto com extremo zelo para não comprometer a verdade bíblica. Repare, por exemplo, que em 1 Co 9:24 Paulo diz:

“Não sabeis vós que os que correm no estádio, todos, na verdade, correm mas um só leva o prêmio? […]”

 

Ora, onde Paulo se inspirou para dizer assim? Esta frase se refere à vida grega, por isso foi perfeitamente compreendida pelos gregos daquela época, e coincidentemente, por nós também: está evidente de que era uma comparação aos famosos Jogos Olímpicos.

“Assim corro também, não sem meta; assim luto, não como desferindo golpes no ar” (1 Co 9:26 – se referindo à vida na fé) 

 

Mas prestemos atenção: Embora Paulo estivesse preparado para usar expressões gregas, ele tomou cuidado para não contaminar o evangelho rejeitando categoricamente a moralidade e os ideais religiosos pagãos. Mais adiante, ainda neste estudo você poderá conferir uma extensa lista de evidências de que Paulo usou frases de filósofos e poetas pagãos para se dirigir ao público grego que estava familiarizado com aquelas metáforas e ideias. E não eram meras coincidências.

 

Você poderá estar pensando: que proveito trarei para o evangelho estudando a sabedoria do mundo? Não diz o próprio Paulo para tomar cuidado com as armadilhas da filosofia, vãs sutilezas e tradição dos homens? (cf. Cl 2:8)

 

Resposta: Podemos observar nas suas epístolas que Paulo saía às batalhas munido de: escudo da fé, espada do Espírito, e de todos outros aparatos de batalha espiritual. Também pedia orações a seu favor para que lhe fosse dada a palavra. Paulo estudou filosofia grega. Uma coisa é se envolver em doutrinas estranhas. Outra, é conhecer para poder driblá-la. Ora, só quem conhece algo é que conhece também as suas brechas. Pois Paulo as soube aproveitar para esclarecer ou refutar os homens de Atenas, e mais tarde, instruir os irmãos gregos das igrejas em Corinto, Tessalônica, Filipos e até em Roma e Galácia, bem como Tito e Timóteo que eram gregos.

“Houve, porém, alguns homens que se agregaram a ele e creram; entre eles estava Dionísio, o areopagita, uma mulher chamada Dâmaris e, com eles, outros mais.” (At 17:34)

Veja: O discurso de Paulo em Atenas (At 17:17-31)

 

Se o cristão não souberem discernir o evangelho da filosofia mundana, correrá um sério risco de se desviar do Caminho da graça, assim como fizeram os discípulos de Platão séculos mais tarde introduzindo ideias anticristãs, como por exemplo, a ideia da trindade platônica que veremos num outro estudo.

 

Este estudo não é de qualquer maneira, uma tentativa de refutar os homens de Deus, e suas epístolas. Paulo era, e ainda é um dos maiores apóstolos de Deus.

Devemos sempre lembrar que a Palavra de Deus não pode ter confusão ou desordem. Lembremos que o significado real de palavras de Paulo não discordam, e nem podem, de nenhum outro autor da Bíblia. Não obstante, o apóstolo deixou a seguinte advertência:

“A minha palavra e a minha pregação não consistiram em linguagem persuasiva de sabedoria, mas em demonstração do Espírito e de poder, para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria humana, e sim no poder de Deus.” (1 Co 2:4-5)

 

Então, vamos à lista de frases emprestadas da literatura grega:

Paulo e Barnabé disseram: “Senhores, por que fazeis isto? Nós também somos homens como vós, sujeitos aos mesmos sentimentos, e vos anunciamos o evangelho para que destas coisas vãs vos convertais ao Deus vivo, que fez o céu, a terra, o mar e tudo o que há neles.” (At 14:15)

Platão foi um famoso matemático e filósofo ateniense que viveu cerca de 400 anos antes de Paulo. Platão disse: “Eu sou um homem e, como outros homens, uma criatura de carne e osso, e não de madeira ou pedra”.

 

Paulo disse: “O Deus que fez o mundo e tudo o que nele existe, sendo ele Senhor do céu e da terra, não habita em santuários feitos por mãos humanas.” (At 17:24)

Sêneca (4 a.C. – 65 d.C.) foi um advogado e escritor romano e era seguidor de estoicismo. Ele havia colocado sua doutrina nestas palavras: “O mundo inteiro é o templo dos deuses imortais”; e “Não se devem construir templos para Deus, de pedras empilhadas no alto. Ele deve ser consagrado no coração de todo homem ”.

Veja: Epicureus e estoicos 

 

Em Atos 17:18, Paulo se encontra com epicureus e estoicos. A primeira frase de Paulo atingiu diretamente a teoria epicurista (a origem do mundo por mera coincidência e de átomos) e se arrumou com os estoicos em sua doutrina da Sabedoria Divina e Providência criando e governando todas as coisas.

 

Paulo disse: “Nem é servido por mãos humanas, como se de alguma coisa precisasse; pois ele mesmo é quem a todos dá vida, respiração e tudo mais” (At 17:25)

Sêneca colocou a mesma verdade desta forma: “Deus não quer ministros. Ele mesmo ministra para a raça humana.”

 

Paulo disse: “De um só fez toda a raça humana para habitar sobre toda a face da terra, havendo fixado os tempos previamente estabelecidos e os limites da sua habitação.” (At 17: 26-28)

Sêneca disse: “Somos membros de um corpo vasto. A natureza nos fez parentes, quando nos produziu das mesmas coisas e para os mesmos fins. ”

 

Paulo disse: “Para buscarem a Deus se, porventura, tateando, o possam achar, bem que não está longe de cada um de nós; pois nele vivemos, e nos movemos, e existimos, como alguns dos vossos poetas têm dito: Porque dele também somos geração.” (At 17:27-28)

Sêneca escreveu: “Deus está próximo em todos os lugares e para todos os homens” e, novamente, “Deus está perto de ti; ele está contigo; ele está dentro.”

 

Paulo mencionou um certo poeta grego sem o identificar e atribuiu a seguinte frase a ele: “[…] Porque dele também somos geração.” (At 17: 28).

O poeta que Paulo se referiu, seguramente é o poeta e astrônomo grego Arato (315 a.C. – 240 a.C.), e a frase que Paulo usou emprestado é um trecho da sua obra “Fenômenos”.

 

Paulo disse: “Sendo, pois, geração de Deus, não devemos pensar que a divindade é semelhante ao ouro, à prata ou à pedra trabalhados pela arte e imaginação do homem.” (At 17:29)

Sêneca havia dito: “Não o formarás de prata e ouro: a verdadeira semelhança de Deus não pode ser moldada deste material.”

 

Paulo disse: “Quando, pois, os gentios, que não têm lei, procedem, por natureza, de conformidade com a lei, não tendo lei, servem eles de lei para si mesmos.” (Rm 2:14); e “[…] Contra estas coisas não há lei” (Gl 5: 23)

As palavras de Paulo são familiares à afirmação de Aristóteles sobre os homens eminentes à sabedoria e virtude: “Contra eles não há lei, pois eles mesmos são uma lei.” Aristóteles foi discípulo de Platão e professor de Alexandre, o Grande.

 

Paulo disse: “Mas vejo, nos meus membros, outra lei que, guerreando contra a lei da minha mente, me faz prisioneiro da lei do pecado que está nos meus membros.” (Rm 7:23)

O filósofo e matemático grego Platão diz: “Há uma vitória e uma derrota – a maior e a melhor das vitórias, a mais baixa e a pior das derrotas que cada homem conquista ou sofre não pelas mãos dos outros, mas de si mesmo; isso mostra que há uma guerra contra nós mesmos acontecendo em cada um de nós. ”

 

Paulo disse: “Porque assim como num só corpo temos muitos membros, mas nem todos os membros têm a mesma função” (Rm 12:4)

Sócrates disse: “Para começar, nossas diversas naturezas não são todas iguais, mas diferentes. Um homem está naturalmente preparado para uma tarefa, e outro para outra.” 

 

Paulo disse: “Se alguém julga saber alguma coisa, com efeito, não aprendeu ainda como convém saber” (1 Co 8:2)

Quase 450 anos antes de Paulo, Sócrates teria dito: “Mais sábio do que esse homem eu sou; é bem provável que nenhum de nós saiba nada de bom, mas ele supõe saber alguma coisa e não sabe, enquanto eu, se não sei, tampouco suponho saber. É provável que eu seja um pouco mais sábio que ele exatamente em não supor que saiba o que não sei: que, seja o que for que eu não saiba, eu nem suponho que saiba.”

 

Paulo disse: “Não sabeis vós que correm no estádio, todos, na verdade, correm, mas um só leva o prêmio? […]” (1 Co 9:24)

Platão diz: “Mas como verdadeiros corredores, chegando ao final, ambos recebem os prêmios.”

 

Paulo disse: “Porque também o corpo não é um só membro, mas muitos. Se disser o pé: Porque não sou mão, não sou do corpo; nem por isso deixa de ser do corpo. Se o ouvido disser: Porque não sou olho, não sou do corpo; nem por isso deixa de o ser. Se todo o corpo fosse olho, onde estaria o ouvido? Se todo fosse ouvido, onde, o olfato?” (1 Co 12:14-17)

Sócrates perguntou a Protágoras: “A virtude é um todo e são partes da justiça, do autocontrole e da santidade?… como as partes de um rosto são partes da boca, nariz, olhos e ouvidos. ”Sócrates então investiga mais a metáfora perguntando a Protágoras se eles concordam que cada parte serve a um propósito diferente, assim como as características de um rosto fazem. as partes formam o todo, mas cada uma serve a um propósito diferente – “o olho não é como o ouvido nem tem a mesma função.”

 

Paulo disse: “Para que não haja divisão no corpo; pelo contrário, cooperem os membros, com igual cuidado, em favor uns dos outros.” (1 Co 12:25)

Sócrates dizia que “a cidade mais bem governada é aquela cujo estado é mais parecido com o de um homem individual assim como quando o dedo de um de nós é ferido, toda a comunidade de conexões corporais que se estende à alma para integração com a parte dominante é informada, e tudo isso sente a dor como um todo.”

 

Paulo disse: “Porque, agora, vemos como em espelho, obscuramente; então, veremos face a face. Agora, conheço em parte; então, conhecerei com também sou conhecido.” (1 Co 13:12)

Platão teria dito: “Estou muito longe de admitir que aquele que contempla as existências através do pensamento, os vê apenas através de um vidro, obscuramente, mais do que aqueles que os vêem em seus efeitos de trabalho.”

 

 

Paulo disse: “[…] As más conversações corrompem os bons costumes.” (1 Co 15:33)

Esta frase fazia parte de uma peça teatral escrita por Menandro há quase três séculos antes de Paulo, portanto, uma frase bem conhecida pelos gregos.

 

Paulo disse: “Se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois sobre mim pesa essa obrigação; porque ai de mim se não pregar o evangelho!” (1 Co 9:16)

O filósofo e matemático Platão que foi discípulo de Sócrates disse: “Mas a necessidade foi colocada sobre mim – a palavra de Deus que eu achava que deveria ser considerada em primeiro lugar.”

 

Paulo disse: “[…] A ninguém tratamos com injustiça, a ninguém corrompemos, a ninguém exploramos.” (2 Co 7: 2)

Platão diz: “Não enganamos a ninguém; não corrompemos homem nenhum; nós não enganamos nenhum homem.”

 

Paulo disse: “Nos quais o deus deste século cegou o entendimento dos incrédulos […]” (2 Co 4:4)

Platão teria imaginado: “O deus deste mundo cega os olhos de seus devotos.”

 

Paulo disse: “Porque o que semeia para a sua própria carne da carne colherá corrupção […]” (Gl 6:8)

Platão fala de “ter uma mente carnal foi a morte” em Fédon.

 

Paulo disse: “Foi mesmo, dentre eles, um seu profeta, que disse: Cretenses, sempre mentirosos, feras terríveis, ventres preguiçosos.” (Tt 1:12)

Ao escrever para Tito, Paulo cita uma descrição dos cretenses extraídos de Paradoxos de Epimênides. Paulo se refere ao bastante popular poeta cretense Epimênides quando diz: “dentre eles, um seu profeta.

 

Paulo disse: “Porquanto, para mim, o viver é Cristo, e o morrer é lucro.” (Fp 1:21)

Platão diz: “Agora, se a morte é assim, digo que morrer é ganho.”

 

Paulo disse: “O destino deles é a perdição, o deus deles é o ventre, e a glória deles está na sua infâmia, visto que só se preocupam com as coisas terrenas.” (Fp 3:19)

O filósofo Platão deu uma descrição vívida das almas gulosas e intemperantes cuja barriga era o seu Deus, na obra de Platão chamada “A República”.

 

Paulo disse: “Porque o que semeia para a sua própria carne da carne colherá corrupção […]” (Gl 6:8)

Platão fala de “ter uma mente carnal” em “Fédon“.

 

Paulo disse: “E pôs todas as coisas debaixo dos pés e, para ser o cabeça sobre todas as coisas, o deu à igreja, a qual é o seu corpo, a plenitude daquele que a tudo enche em todas as coisas.” (Ef 1: 22-23)

Platão disse: “Primeiro, então, os deuses, imitando a forma esférica do universo, encerram os dois cursos divinos em um corpo esférico, isto é, o que agora denominamos cabeça, sendo a parte mais divina de nós e o senhor de tudo o que está em nós; a isto os deuses, quando uniram o corpo, deram todos os outros membros para serem servos. ”

 

Paulo disse: “Evitai que alguém retribua a outrem mal por mal; pelo contrário, segui sempre o bem entre vós e para com todos.” (1 Ts 5:15)

Platão disse: “Então, não devemos retaliar ou prejudicar o mal a ninguém, seja qual for o mal que tenhamos sofrido dele.”

 

Paulo disse: “Quanto a mim, estou sendo já oferecido por libação, e o tempo da minha partida é chegado. (2 Tm 4:6)

Platão diz: “A hora da partida chegou e seguimos os nossos caminhos, eu vou morrer e você viver; o que é melhor só Deus sabe.”