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O Impeachment e a democracia no antigo Israel
O Impeachment e a democracia no antigo Israel
O Impeachment e a democracia no antigo Israel

O Impeachment e a democracia no antigo Israel

Etimologia – o termo inglês “impeachment” tem origem no latim impedicare. O termo expressa a ideia de ficar impedido de cumprir as suas funções por estar aprisionado.

 

O impeachment é o processo de denúncia pelo qual um corpo legislativo acusa formalmente um alto funcionário do governo suspeito de ter cometido crimes e delitos graves na sua função. O impeachment não significa necessariamente a remoção do cargo; é apenas uma declaração formal de acusação, e é portanto, apenas o primeiro passo para derrubar um governo em países onde o impeachment é previsto na lei.

 

Já o termo “democracia” se origina do grego: demos =  povo, e kratos =  poder; e significa poder do povo, ou governo do povo.

 

Até a época do profeta Samuel, como diz em Jz 19:1, não havia reis humanos em Israel – o próprio SENHOR Deus governava os israelitas através de profetas, sacerdotes e/ou juízes. Samuel foi o último profeta-juiz de Israel. Na sua velhice, os anciãos de Israel vieram a Ramá* ao encontro de Samuel e lhe disseram:

“Vê já estás velho, e teus filhos não andam pelos teus caminhos; constitui-nos, pois, agora, um rei sobre nós, para que nos governe, como o têm todas as nações.” (1Sm 8:5)   

 

Ramá* – De um modo geral, o termo hebraico “ramá” significa uma “elevação” ou um “lugar alto”, muitas vezes indicando um altar sagrado. Já de uma maneira específica, o termo era empregado como nome próprio de vários lugares em Israel. Em 1 Sm 1:1, Elcana, pai de Samuel, é descrito como “homem de Ramataim-Zofim, da região montanhosa de Efraim”. Em todo o restante do relato usa-se a forma abreviada “Ramá”. (1 Sm 1:19)

 

No capítulo 8 de 1 Samuel, os anciãos de Israel são o legislativo; e Ramá é o congresso. Os anciãos queriam um rei para governar Israel, à semelhança das nações vizinhas, sob argumento de que o Egito tinha o seu faraó; Moabe, Filistícia, Amaleque, e muitos outros tinham os seus reis. Ora, para estabelecer um rei, deve-se, obviamente, destituir o anterior, mas, acontece que, o anterior não era o Samuel.

 

Não era Samuel quem estava sofrendo impeachment

Os anciãos de Israel fizeram como vítima do processo de impeachment, o REI de Israel. Embora Israel, até então, não viesse sendo governado por reis humanos, todos sabiam – ou pelo menos deveriam saber que o SENHOR Deus é, e sempre será o seu Rei.

“Eu sou o SENHOR, o vosso Santo, o Criador de Israel, o vosso Rei.” (Is 43:15)

 

“Nunca envelheceu a tua veste sobre ti, nem se inchou o teu pé nestes quarenta anos. Sabe, pois, no teu coração, que, como um homem disciplina a seu filho, assim te disciplina o SENHOR, teu Deus. Guarda os mandamentos do SENHOR, teu Deus, para andares nos seus caminhos e o temeres; porque  o SENHOR, teu Deus, te faz entrar numa boa terra, […]

 

Guarda-te não te esqueças do SENHOR, teu Deus, não cumprindo os seus mandamentos, os seus juízos e os seus estatutos, que hoje te ordeno. […]

 

Não digas, pois, no teu coração: A minha força e o poder do meu braço me adquiriram estas riquezas. Antes, te lembrarás do SENHOR, teu Deus, porque é ele o que te dá força[…]

 

Se te esqueceres do SENHOR, teu Deus […] como as nações que o SENHOR destruiu de diante de vós, assim perecereis; porquanto não quisestes obedecer à voz do SENHOR, vosso Deus.”

(Dt 8:4-20) 

 

Cerca de dois ou quatro séculos antes do episódio de 1 Sm 8, quando os israelitas estavam chegando na terra de Canaã, o SENHOR Deus já havia prenunciado que um dia Israel teria reis humanos (cf. Dt 17:14-20). Parece que finalmente havia chegado o momento para Israel ter o próprio rei humano, mas está registrado que o SENHOR e Samuel não se agradaram com o pedido do povo. Isto não se trata de contradição, visto que o SENHOR nosso Deus jamais pode se contradizer às próprias Palavras. O que aconteceu é que os anciãos de Israel buscaram constituir um rei humano por motivo e método errados. Pelo argumento que trouxeram a Samuel os israelitas “se denunciaram” e confessaram que não se consideravam guiados por Deus, mas por homem – Samuel:

“Vê, já estás velho, e teus filhos não andam pelos teus caminhos; constitui-nos, pois, agora, um rei sobre nós, para que nos governe, como o têm todas as nações.” (1 Sm 8:5)

  • O profeta Samuel está velho – seria este um argumento plausível?
  • Como o têm todas as nações – ora, muitas nações até então não haviam sido destruídas pelo REI de Israel? Como poderiam ignorar evidências tão fortes do poderoso reinado de Deus?

 

Uma severa advertência à igreja

Hoje, à maneira de Israel, muitos que se dizem cristãos têm rejeitado o governo de Deus. Estes com toda a hipocrisia dizem ser cristãos, mas resistem firmemente às leis e à boa doutrina (cf. Mt 15:8-9), enquanto deixam o Senhor JESUS trancado no lado de fora de suas congregações. Cantam, fazem jejuns, encontros, promessas, campanhas, mas não se entregam totalmente a ELE – decidem eles mesmos até onde o SENHOR pode atuar nas suas vidas; o que obedecer, e o que não,  porque cada um pensa: “a vida é minha, e faço dela o que quero” – isto sim, é pura democracia como a definição que você viu no começo desta postagem. Como fizeram os saduceus, decidem o que querem e o que não querem aceitar do SENHOR, definem os seus próprios estilos de culto, de louvor, horário, isto é, os seus próprios estilos de vida,  impedindo, assim, o governo divino na vida cristã. Um duro golpe de rejeição continuam dando os homens; um grave pecado cometem:

“Mas, engordando-se o meu amado, deu coices; engordou-se, engrossou-se, ficou nédio e abandonou a Deus, que o fez, desprezou a Rocha da sua salvação.” (Dt 32:15)

 

“Veio para o que era seu, e os seus não o receberam. Mas a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que creem no seu nome.” (Jo 1:12)