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E orando, impuseram as mãos (At 6:6)
E orando, impuseram as mãos (At 6:6)
E orando, impuseram as mãos (At 6:6)

E orando, impuseram as mãos (At 6:6)

No vocabulário bíblico, o ato de impor a mão (ou as mãos) é sinal de autoridade de:

  1. abençoar;
  2. curar enfermidades;
  3. consagrar;
  4. ordenar ministros.

 

Quem abençoa a quem?

A Bíblia responde:

“Evidentemente, é fora de qualquer dúvida que o inferior é abençoado pelo superior.” (Hb 7:7)

 

No Livro de Gênesis podemos ver o tão respeitado Abrão sendo abençoado pelo misterioso Melquisedeque. Isto denota uma hierarquia eclesiástica, que é bastante apreciada nas escrituras: Melquisedeque era superior a Abrão.

“Abençoou ele a Abrão e disse: Bendito seja Abrão pelo Deus Altíssimo, que possui os céus e a terra; e bendito seja o Deus Altíssimo, que entregou os teus adversários nas tuas mãos. E de tudo lhe deu Abrão o dízimo.” (Gn 14:19)

 

É certo que quem nos abençoa é o SENHOR, nosso Deus. No entanto, segundo a Bíblia, a imposição de mãos sempre é praticada por presbíteros (missionários, bispos, pastores, profetas, mestres, anciãos) e conota a autoridade recebida por Deus (cf. Mt 10); enquanto que quem recebe a imposição das mãos demonstra o seu temor, humildade e submissão.

“Olha que hoje te constituo sobre as nações e sobre os reinos, para arrancares e derribares, para destruíres e arruinares e também para edificares e para plantares.” (Jr 1:10)

 

A imposição de mãos faz parte da doutrina bíblica, portanto, amplamente praticada em muitas igrejas cristãs. Podemos conferir o fundamento para esta prática em muitas passagens no Novo Testamento:

  • “Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja, e estes façam oração sobre ele, ungindo-o com óleo em nome do Senhor” (Tg 5:14);
  • “Então, Ananias foi e entrando na casa, impôs sobre ele as mãos, dizendo: Saulo, irmão, o Senhor me enviou, a saber, o próprio Jesus que te apareceu no caminho por onde vinhas, para que recuperes a vista e fiques cheio do Espírito Santo.” (At 9:17);
  • “Entretanto, demoraram-se ali muito tempo, falando ousadamente no Senhor, o qual confirmava a palavra da sua graça, concedendo que, por mão deles, se fizessem sinais e prodígios.” (At 14:3);
  • “Aconteceu achar-se enfermo de disenteria, ardendo em febre, o pai de Públio. Paulo foi visitá-lo, e, orando, impôs-lhe as mãos, e o curou.” (At 28:8);
  • “Por isso, pondo de parte os princípios elementares da doutrina de Cristo, deixemo-nos levar para o que é perfeito, não lançando, de novo, a base do arrependimento de obras mortas e da fé em Deus, o ensino de batismos e da imposição de mãos, da ressurreição dos mortos e do juízo eterno. Isso faremos, se Deus permitir. (Hb 6:1-3).

 

No entanto, no que se refere à consagração, há uma mensagem que é negligenciada por muitos:

“A ninguém imponhas precipitadamente as mãos, nem participes dos pecados alheios; conserva-te a ti mesmo puro.” (1 Tm 5:22)

 

Esta passagem ensina o presbitério a ser cauteloso com relação a quem impor as mãos. Por exemplo, em Mt 19:6 há uma mensagem muito bonita em relação aos casais que diz:

“[…] O que Deus ajuntou não o separe o homem.”

 

Daí, deveríamos nos perguntar: e se Deus não ajuntou, como poderia o presbítero impor as mãos e abençoar? Da mesma forma, o presbítero não pode abençoar algo ou algum lugar que sabe que será usado para fins mundanos – afinal, consagrar é santificar, isto é, separar para o SENHOR.

Não se deve confundir: a oração, bênção, ou consagração por intermédio de imposição de mãos não é mera representação cerimonial, mas compromisso e responsabilidade pela autoridade dada por Deus. Podemos observar nitidamente que bênção não é cerimônia, nem teatro através de seguintes exemplos bíblicos:

  • “Disse Esaú a seu pai: Acaso, tens uma única bênção, meu pai? Abençoa-me, também a mim, meu pai. E, levantando Esaú a voz, chorou.” (Gn 27:38);
  • “Nem haja algum impuro ou profano, como foi Esaú, o qual, por um repasto, vendeu o seu direito de primogenitura. Pois sabeis também que, posteriormente, querendo herdar a bênção, foi rejeitado, pois não achou lugar de arrependimento, embora, com lágrimas, o tivesse buscado.” (Hb 12:16);
  • “Como posso amaldiçoar a quem Deus não amaldiçoou? Como posso denunciar a quem o SENHOR não denunciou?” (Nm 23:8);
  • “Disse o SENHOR a Samuel: Até quando terás pena de Saul, havendo-o eu rejeitado, para que não reine sobre Israel? […]” (1 Sm 16:1).

 

Assim sendo, não podemos desprezar a imposição de mãos que é obediência e humildade. Por outro lado, quem exerce o presbitério deve estar ciente de que não se deve abençoar (em nome do Senhor) a qualquer um ou qualquer coisa como se a bênção fosse uma mercadoria em liquidação. Mesmo sabendo disto, muitos falsos ministros têm abençoado àqueles que o Senhor não abençoou por sórdia ganância, exatamente como fez Balaão (cf. Nm 22 – 24).

 

Nas nossas igrejas, abençoamos os nascimentos, casamentos, aniversários, aquisições de propriedades, empregos, estudos, saúde, etc quando os irmãos pedem. Aos novatos que não conhecem este proceder maravilhoso, ensinamos. Aos que sabem mas não buscam, não insistimos, pois talvez, não estejam comprometidos inteiramente com a santificação, não dando o devido valor à bênção como no caso de Esaú. Talvez!

 

Ordenação de ministros

Lemos no Livro de Atos que profetas e mestres da igreja em Antioquia impuseram as mãos sobre Saulo e Barnabé e os despediram após o Espírito Santo ter manifestado os planos para a viagem missionária. Aqui vemos dois grupos:

  1. dos que ficaram (que impuseram as mãos),
  2. dos que foram (que receberam oração e imposição das mãos).

“Então, jejuando, e orando, e impondo sobre eles as mãos, os despediram.” (At 13:3)

 

Fica evidente que o primeiro grupo, isto é, dos que jejuando, e orando, impondo as mãos sobre homens reconhecidos por Deus, assumiram o compromisso e a responsabilidade da obra evangelística ordenada pelo Espírito Santo.

 

Impor as mãos também significa assumir responsabilidade. Por isso, um presbítero não pode impor as mãos precipitadamente sobre as pessoas ou coisas para serem consagradas. Muitos maus testemunhos podem ser evitados se a autoridade eclesiástica observar o ensinamento de 1 Tm 5:22 ordenando pessoas despreparadas doutrinariamente e/ou moralmente a qualquer obra da igreja.

Finalmente, mais uma vez vemos o valor da imposição de mãos, agora em 2 Tm:6 que diz:

“Por esta razão, pois, te admoesto que reavives o dom de Deus que há em ti pela imposição das minhas mãos.” (recomendação de Paulo a Timóteo)

Dessarte, saibamos escolher aqueles com quem mantemos comunhão e que estes sejam cristãos que não nos atrapalhem em nosso testemunho, agora, e nem na apreciação do Senhor pelo que fazemos. Amém!