Parábola é uma palavra de origem grega que significa “por coisas lado a lado” e se assemelha à palavra alegoria, que significa “dizer coisas de maneira diferente”. As parábolas eram histórias paralelas, verdadeiras ou fictícias, para ilustrar melhor algum ensinamento e, assim, tornar mais fácil a assimilação da verdade; pois o aprendiz ao tirar as suas próprias conclusões através das parábolas, fixa-a mais facilmente. No Brasil, é costume dizer “tirar moral da história”, referindo-se a alguma lição contida na parábola.
A multidão, que muitas vezes se reunia para ouvir os ensinamentos do Senhor JESUS, ouvia por curiosidade, mas sem muito ou nenhum interesse.
A pregação é para todos, porém, nem todos estão capacitados para ouvir com os ouvidos e entender com o coração, ou seja, as palavras são para as pessoas que realmente estão interessadas em compreendê-las.
Vontade de ouvir e de aprender
Somente aos discípulos que humildemente ficaram é que foi dado entendimento para compreenderem a parábola.
“Se buscares a sabedoria como a prata e como a tesouros escondidos a procurares, então, entenderás o temor do SENHOR e acharás o conhecimento de Deus.
Porque o SENHOR dá a sabedoria e da sua boca vem a inteligência e o entendimento.
Ele reserva a verdadeira sabedoria para os retos; é escudo para os que caminham na sinceridade” (Pv 2:4-7)
Ouvir atentamente faz a diferença
Um bom exemplo disto, está em Jo 3:1-15, onde Nicodemos, de noite, foi visitar JESUS. De noite, porque certamente, Nicodemos não queria deixar um assunto tão importante para o dia seguinte; tinha que ser para já – ele tinha sede da palavra. JESUS falou-lhe da necessidade do novo nascimento, porém, Nicodemos, humildemente Lhe disse não ter entendido. Sim, Nicodemos não se envergonhou em perguntar ao Senhor, tampouco fingiu ter entendido. Então, JESUS explicou novamente com pormenores a respeito da salvação.
Paulo disse a Timóteo que as sagradas letras podem tornar as pessoas sábias para a salvação (cf. 2 Tm 3:15). Ele não disse “tornam”, e sim “podem tornar”, porque mesmo sendo as mesmas sementes, o dar fruto ou não depende também do terreno onde elas caem. Ora, na própria parábola do semeador o Senhor já dizia que a semente que caíra em boa terra é a que frutificara.