A expressão “Filho Eterno” não existe
A expressão “Filho Eterno” não existe

A expressão “Filho Eterno” não existe

Certamente, você já deve ter ouvido muitos religiosos falando do “Filho Eterno”. Esta, assim como  a expressão “Deus Filho”, não existem em nenhuma página da Bíblia, por isso, não faz parte do ensinamento do evangelho.

 

Existem muitas outras expressões inventadas, principalmente pela igreja romana, que hoje estão em uso em várias igrejas e lares, como se fossem bíblicas. Tomemos cuidado!

 

Segundo a terminologia bíblica, a expressão “Filho” refere-se ao atributo de Deus como Redentor da humanidade – a manifestação humana de Cristo; e não uma hierarquia familiar. Em Lucas 1:35, um anjo enviado diz claramente:

“[…] Por isso, o ente santo que há de nascer será chamado Filho de Deus.” 

 

Observe que o anjo disse “será chamado”, e não “é”; e a diferença do significado entre o primeiro e o segundo é enorme.

Eterno é aquele que não tem começo nem fim; ou aquele que teve começo, mas não tem fim. Se é filho, teve começo; então, “Filho Eterno” é contradição, o que não pode existir na Bíblia Sagrada. Em se tratando do Senhor Jesus vindo na carne, a Bíblia nos ensina que ELE teve começo:

“Vindo, porém, a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei” (Gl 4:4)

E, em Salmos 2:7:

“Proclamarei o decreto do SENHOR: Ele me disse: Tu és meu Filho, eu, hoje, te gerei. “

 

Se a função “Filho” foi gerado na plenitude do tempo, é porque antes não existia. O começo do papel de Deus como Filho, o Cristo Redentor,  foi no momento em que foi gerado no ventre de Maria. E, ainda, a Bíblia nos ensina que um dia, o papel de Deus como Filho terá fim:

“E, então, virá o fim, quando ele entregar o reino ao Deus e Pai, quando houver destruído todo principado, bem como toda potestade e poder. Porque convém que ele reine até que haja posto todos os inimigos debaixo dos pés.” (1Co 15:24-25)

 

E estas palavras conferem com a profecia que foi proferida em Gênesis, logo que o homem pecou:

“Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar.” (Gn 3:15)

 

Observe também que no versículo acima “o seu descendente” está no singular, fazendo referência clara ao Salvador que viria para ferir a cabeça do Inimigo, concordando com o versículo de 1Co 15:25: Até que haja posto todos os inimigos debaixo dos pés.”

“Quando, porém, todas as coisas lhe estiverem sujeitas, então, o próprio Filho também se sujeitará àquele que todas as coisas lhe sujeitou, para que Deus seja tudo em todos.” (1Co 15:28)

 

Sob o ponto de vista trinitário, o versículo acima torna-se inviável, porque se a doutrina trinitária considera três pessoas distintas, porém co-iguais e co-eternas, como o Filho poderá se sujeitar ao Pai? Em Sl 110:1, novamente aparece a palavra “até”:

“Disse o SENHOR ao meu Senhor: Assenta-te à minha direita, até que eu ponha os teus inimigos debaixo dos teus pés.”

 

A Palavra em Ef 5:27  e Is 9:6 revela que o Senhor Jesus Cristo é o próprio Pai. Compare com 1Co 15:28 que você leu acima e verá que o Pai e o Filho é o mesmo Senhor:

“Para apresentar a si mesmo igreja gloriosa […]” (Ef 5:27)

 

 “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz” (Is 9:6)

 

Deus é Eterno. O Eterno veio a este mundo no papel de Redentor  para salvar os que Nele creem. Este papel de Deus foi chamado Filho. Até os judeus, contrários a Jesus, entenderam esta verdade: dizer ser Filho é dizer ser o próprio Deus:

“Por isso, pois, os judeus ainda mais procuravam matá-lo, porque não somente violava o sábado, mas também dizia que Deus era seu próprio Pai, fazendo-se igual a Deus.” (Jo 5:18)

 

Assim, a Bíblia nos ensina que Deus é Eterno, mas o Seu papel de Filho de Deus é temporário, ou seja, teve começo e terá fim; por isso, dizer “Filho Eterno” é um erro.